sexta-feira, 3 de abril de 2009

Profissões Ontem e Hoje

Até pouco tempo atrás, media-se o grau de sucesso de uma carreira através do tempo em que se permanecia empregado em uma organização. Entrar em uma empresa como office-boy e aposentar-se em um cargo de diretoria seria um exemplo de sucesso até quinze ou dez anos atrás. Aliás, não era raro ocorrer trajetórias desse tipo. A estabilidade de um emprego ou de um ofício para a vida toda era a condição mais desejada pelas pessoas, embora muitas ainda vejam como um sonho a ser alcançado atualmente.

Com o passar do tempo, muita coisa no mundo acabou mudando. O processo de globalização – que ocorreu no final do século XX – e as rápidas inovações tecnológicas propiciaram fenômenos como: abertura de mercado, concorrência cada vez mais acirrada, busca por excelência, maior exigência de qualificação (muitas vezes um diploma de bacharel não basta), melhorias contínuas, eliminação de postos de trabalho, carreiras mais instáveis, garantias menores de emprego e maior oferta de trabalhos temporários. Dessa forma, um emprego para toda a vida acaba sendo algo do passado.

Mas as mudanças no mundo do trabalho e da escolha profissional não são fatos recentes, elas sempre ocorreram ao longo da História.

Esse panorama faz com que as pessoas desistam de procurar empregos tradicionais e procurem alternativas de trabalhos que possam ser realizados de acordo com a sua formação ou não (algumas pessoas mudam completamente de área). Mais importante que o emprego em si é a empregabilidade, a capacidade em manter uma ocupação remunerada.

Para tanto, as pessoas precisam manter-se atualizadas e buscar o aprendizado constante, a fim de ampliarem seus papéis. E isto não quer dizer que as pessoas são obrigadas a investir alto financeiramente em cursos, pois há uma infinidade de opções de aprendizagem (leituras, Internet, cursos e palestras gratuitos, encontros e conversas com quem já atua na área, etc.). Chamam os dias atuais de “Era da Informação” ou “Era do Conhecimento” e não é à toa. Dessa forma, a tendência maior é procurar “saber um pouco de tudo” e não ser um especialista que, muitas vezes, não consegue ter visão de conjunto. Parece uma realidade bastante cruel, mas não é melhor e nem pior do que em outros momentos da História.

O ritmo das mudanças tecnológicas é de tal maneira acelerado que, dizem os especialistas, em 2020 existirão apenas 20% das profissões atuais. Esse tipo de previsão deve servir de bússola não só para os jovens que virão a ocupar esses postos, mas também, ou talvez principalmente, para os governantes, que têm o dever de criar as condições para que esses postos existam e possam ser preenchidos pela nova geração de empreendedores.

Hoje, os desafios são mais complexos, multifacetados. Aumenta o nível de sofisticação de especialidades que se multiplicam, especialmente quando impulsionadas por avanços tecnológicos e econômicos. Hoje o mercado pede advogados, engenheiros e médicos mais especializados até em áreas que vão além das de sua formação.

No mundo globalizado se faz necessário conectar-se com o universo digital em todo e qualquer âmbito profissional. Nessa perspectiva em quase todas as áreas, o uso do computador tornou-se uma ferramenta indispensável para a execução de tarefas que até então era exclusiva do homem. O bom dessa era tecnológica é fazer com que ferramentas eletrônicas manipuladas facilmente por crianças e adolescentes com muita facilidade, sejam também utilizadas por adultos e profissionais de toda e qualquer modalidade. Por isso é imprescindível que haja um preparo no sentido de inserir todo profissional nesse contexto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário