sexta-feira, 3 de abril de 2009

Profissões Extintas

No Brasil, os carpinteiros de avião foram extintos, os radiotelegrafistas e telefonistas estão em via de extinção. Enquanto isso, os coveiros foram transformados em sepultadores as prostitutas passam a ser consideradas formalmente profissionais do sexo. Essas são algumas das novidades da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), relançada pelo ministério do Trabalho, depois de 20 anos sem modificações. Saíram as profissões que desapareceram por conta das transformações econômicas e tecnológicas e apareceram novas. Sabendo que uma profissão está em via de extinção, o governo pode, por exemplo, destinar recursos para a qualificação desse profissional em outra atividade.

A profissão de carpinteiro de avião foi extinta simplesmente porque não existe mais nenhuma parte de sua estrutura que seja feita de madeira. Já a profissão de radiotelegrafista está sendo substituída por causa dos modernos meios de comunicação. Só não acabou porque esse profissional ainda é encontrado na ativa nos quadros da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Está acabando também a função de apontador de produção, atividade que até alguns anos atrás tinha prestígio e era presença obrigatória nas linhas de produção da indústria. Essa atividade resiste, mas apenas na construção civil e nos portos.

Uma curiosidade é a classificação, pela primeira vez, das prostitutas como profissionais do sexo. Elas não tinham vez na CBO antiga, de 1972. O motivo para a exclusão não tinha nenhuma relação com o preconceito: a CBO antiga não trabalhava com ocupações do mercado informal.

Entre as profissões que evoluíram para outras mais abrangentes está a de telefonista, que vem sendo substituída por operador de telemarketing. Não que os telefonistas tenham desaparecido, mas estão em via de sumir do mercado de trabalho no futuro.

Muitas profissões e ocupações desapareceram no tempo ou possuem demanda mais reduzida (como os alfaiates). O resgate histórico dessas ocupações remonta o que já foi o mundo do trabalho anos atrás. Alguns profissionais ainda conseguem encontrar lugar ao sol, com um pouco de persistência e criatividade:

- Albardeiro: fazia selas e cabrestos;

- Acendedor de lampiões de rua;

- Datilógrafo;

- Moleiro: trabalhava nos moinhos;

- Motorneiro de bonde: motorista do bonde;

- Chapeleiro;

- Cobrador de bonde;

- Perfurador de cartões de computador;

- Telegrafista;

- Lambe-lambe: fotógrafo de rua.

Certas profissões nunca deixarão de existir. Médicos, advogados, padeiros, lixeiros, secretarias, são profissões altamente necessárias para nossa sociedade. No entanto, creio que mudanças deverão ocorrer.

Médicos virtuais especializados em genética, por exemplo, ou padeiros especializados em micro-ondas, ou talvez secretarias eletrônicas ou digitais...E assim por diante.

Faz-se concluir que algumas profissões se reciclam ao longo do tempo, e devemos estar preparados para isso. Outras porem, simplesmente desaparecem, como se nunca houvessem existido.

Por aí podemos perceber como tudo é tão efêmero. Muitas vezes, alguém que se vangloria tanto de sua profissão, depois de algum tempo se torna tão irrelevante que ela acaba esquecida em algum canto de nossa memória.

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